sexta-feira, 30 de julho de 2010

O que é GOTA?


A dor é de perder o fôlego, só comparada à do parto ou à cólica renal. Numa escala de 0 a 10, é 20, no que se refere à intensidade que leva o indivíduo para além dos limites do suportável. Essa doença cujos sintomas costumam acordar a vítima subitamente de madrugada é chamada de Gota.

Gota é um problema caracterizado pelo excesso de ácido úrico no organismo e pelo depósito de cristais de urato nas articulações. Assim que as células iniciam o processo natural de renovação e se preparam para serem destruídas, dando lugar a novas, seu núcleo elimina substâncias. Uma delas é o ácido úrico, filtrado pelo par de rins e excretado pela urina.

Quando a sua concentração no sangue fica muito elevada, a pessoa tem o que os médicos chamam de hiperuricemia – às vezes ela é assintomática. No entanto, esse aumento não quer dizer que o indivíduo sofrerá necessariamente de uma crise de Gota, cuja manifestação acomete as articulações, como dedão do pé, cotovelo, joelho ou tornozelo. A hiperuricemia tende a provocar cálculos renais – diferentemente da pedra formada pelo excesso de cálcio, estes são construídos com cristais do ácido úrico abundante. A hiperuricemia pode ainda provocar o aparecimento de tofos, depósitos grosseiros de ácido úrico sob a pele.

Uma dieta equilibrada serve de coadjuvante na luta contra todos esses problemas, embora apenas 20% da produção de ácido úrico venham dos alimentos. Os outros 80% são originários da produção das purinas do próprio organismo. Para o tratamento da Gota, junto com uma dieta específica, geralmente os médicos prescrevem o allopurinol, que normaliza a dosagem de ácido úrico circulante, e a colchicina, que ajuda a conter a inflamação desencadeada pelo acúmulo de seus cristais. No caso do cálculo renal, além de remédios é recomendável urinar dois litros por dia para diluir o ácido úrico.

Para os que sofrem com o ácido úrico elevado, posto aqui alguns alimentos recomendados e alguns proibidos:

Proibidos

> Peixes: sardinha, salmão, bacalhau, arenque, truta, cavalinha e ovas;
> Carnes: caldos em geral, vitela, cabrito, carneiro e bacon;
> Aves: galeto, peru, ganso;
> Miúdos: fígado, coração, rim e miolo;
> Pão doce;
> Bebidas alcoolicas: uísque, vinho, cerveja (possui muita purina).

Consumo moderado (se limitar a uma porção de 100 gramas)

> Frutos do mar: camarão, ostra, lagosta, siri;
> Carnes: bovina, frango, coelho, porco, presunto;
> Leguminosas: feijão, soja, grão-de-bico, ervilha, lentilha (consumir no máximo 50 gramas por dia);
> Vegetais: aspargo, cogumelo, couve-flor;
> Cereais integrais: arroz, aveia, trigo em grão;
> Sementes oleaginosas: coco, amendoim, castanha-do-pará, castanha de caju (consumir no máximo uma colher por dia).

Consumir à vontade
> Arroz, milho, fubá, tapioca, sagu, macarrão;
> Verduras e legumes com exceção dos citados anteriormente;
> Ovo, leite e chá;
> Queijo, manteiga, margarina;
> Frutas.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Apneia Obstrutiva do Sono - AOS


O ser humano passa aproximadamente 1/3 de sua vida dormindo e o sono é uma condição imprescindível para que possamos ter uma boa saúde e desfrutar melhor a vida. O sono tem a função de recuperar o organismo depois do chamado período de vigília que ocorre quando permanecemos em atividade, ou seja, acordados. Entretanto, não é a quantidade de horas dormidas, e sim a qualidade do sono a grande responsável pela nossa recuperação.

Pessoas portadoras de distúrbios do sono apresentam um quadro potencialmente incômodo: o ronco. O ronco durante o sono causa um problema de convivência social e familiar. Também é motivo de grande número de queixas nos consultórios médicos. O ronco ainda pode ser muito mais do que um sério incômodo, sendo um sinal de um dos mais graves distúrbios do sono relacionados à respiração, que é a Apneia Obsrutiva do Sono.

O que é Apneia?

Apneia é uma interrupção da respiração durante o sono por pelo menos 10 segundos. É muito comum ser relatada por alguém que durma ao lado da pessoa. A pessoa que vê a outra em apneia descreve que a pessoa repentinamente para de respirar e acorda assustada. Esse susto é a reação do sistema nervoso central à falta de oxigênio no cérebro. O típico paciente com a síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é homem, com pressão alta, acima do peso, mais de 40 anos e, em geral, portador de uma grande circunferência do pescoço.

O fator de risco mais importante é, sem dúvida, a obesidade. O que acontece na obesidade é uma redução do “espaço aberto” da orofaringe devido à deposição de gordura ao seu redor e alterações no centro respiratório. Estudos epidemiológicos mostram que a SAOS é prevalente na população, e frequentemente não é diagnosticada. Mais de 10% da população com idade superior a 65 anos apresenta apneia obstrutiva do sono. Embora menos comum, as crianças também podem apresentar apneia do sono. Nem sempre as pessoas que desenvolvem apneia são obesas. Características anatômicas do queixo e da mandíbula também podem causar a apneia em algumas pessoas.

Como acontece a apneia obstrutiva do sono?

Durante o sono, há uma redução do tônus da musculatura da garganta que, mesmo em pessoas normais, provoca uma redução do espaço para a passagem de ar e aumento da resistência das vias aéreas.
A apneia obstrutiva do sono acontece em consequência de um estreitamento ou colapso da via aérea superior (faringe) em um ou mais pontos durante o sono. Quando as estruturas da garganta são grandes demais, ou os músculos relaxam demais durante o sono, ou há diminuição do espaço para passagem de ar (obesidade), a passagem de ar pode ser parcialmente bloqueada. Se o ar ainda consegue ultrapassar esse bloqueio, ocorre uma vibração das estruturas da garganta, o que produz o som característico do ronco, que é tão pior quanto maior for o bloqueio à passagem do ar.

Se houver um bloqueio completo da passagem do ar, ocorre a apneia, e o ar não consegue chegar aos pulmões. Como são os pulmões os locais de troca gasosa e oxigenação do sangue, se não chega ar novo aos pulmões, não há troca gasosa. Começa a ocorrer então uma hipoxemia (redução de oxigênio) e hipercapnia (aumento de gás carbônico). O cérebro então manda uma mensagem ao corpo para que ele acorde, e por este motivo o paciente passa a apresentar repetidos despertares durante o sono, o que torna o sono superficial e também fragmentado.

Quais são as causas da apneia obstrutiva do sono?

Várias causas provocam um estreitamento ou oclusão da passagem de ar através das vias aéreas superiores. Podemos citar como mais comuns:
* Obesidade;
* Aumento do tamanho das amígdalas;
* Alterações na estrutura craniofacial, como micrognatia, síndrome de Down, acromegalia, etc;
* Uso de álcool, que causa um maior relaxamento da musculatura faríngea;
* Tabagismo, que causa um edema (inchaço) das vias aéreas;
* Tumores nas vias aéreas superiores;
* Hipotireoidismo;
* Refluxo gastroesofágico;
* Falta de coordenação dos músculos respiratórios.

Quais são os sinais e sintomas sugestivos da apneia obstrutiva do sono?

* Roncos;
* Apneia presenciada por alguém;
* A pessoa pode referir “crises de pânico noturno” ou “acordar com sensação de afogamento”;
* Obesidade;
* Hipertensão;
* Sonolência diurna excessiva;
* História familiar de apneia do sono;
* Sono que não faz a pessoa descansar;
* Diminuição da memória e/ou atenção;
* Alterações de comportamento;
* Dor de cabeça pela manhã.

Quais são as consequências da apneia obstrutiva do sono?

A repetição dos eventos citados pode levar a uma série de complicações. Os frequentes despertares, muitas vezes curtos e nem percebidos pelos pacientes, alteram o sono normal e podem reduzir o sono de ondas lentas, que é considerado o período mais reparador do sono e acontece principalmente durante a primeira metade na noite. As consequências disso são: sonolência diurna excessiva, cansaço, dificuldade de permanecer acordado durante atividades em que não se exige um esforço físico, pior performance em testes neuropsicológicos, irritabilidade, redução da qualidade de vida, depressão e redução da libido.

Muitas pessoas com apneia morrem por acidentes automobilísticos ou sofrem, durante suas vidas, por algum acidente ocupacional. Além disso, o paciente pode apresentar consequências cardiovasculares, porque o coração também sofre com a falta de oxigenação. As consequências cardiovasculares mais comuns são aumento da pressão arterial, o que gera hipertensão, arritmias cardíacas, doença coronária, infarto e acidentes vasculares encefálicos (mais conhecidos como acidentes vasculares cerebrais, AVCs). Além disso, algumas doenças como o mal de Parkinson, por exemplo, aparecem mais cedo nos apneicos.

Como é feito o diagnóstico da apneia do sono?

O diagnóstico da AOS é baseado em características clínicas e na evidência de distúrbio do sono em monitorização, que é essencial para o diagnóstico. Essa monitorização é feita através de um exame chamado polissonografia, que é o melhor método para o estudo do sono. Este exame permite avaliar a atividade elétrica cerebral, a movimentação ocular, o padrão dos batimentos cardíacos, o esforço respiratório, o movimento da pernas, a saturação de oxigênio no sangue, a quantidade de sono, sua eficiência, distribuição e duração de seus estágios, a fragmentação do sono, distúrbios respiratórios associados, além de outros parâmetros.

Como é o tratamento da apneia do sono?

Para decidir sobre o tratamento, o médico considera os sintomas associados e as consequências cardiopulmonares, não apenas o número absoluto de apneias (interrupção da respiração durante o sono por pelo menos 10 segundos) e hipopneias (redução do fluxo aéreo de pelo menos 50% ou redução menor que 50% associada a uma queda do nível de oxigênio no sangue ou evidência de despertar na polissonografia). O objetivo do tratamento é estabilizar a ventilação e a oxigenação durante a noite, abolir o ronco e corrigir o sono fragmentado. Todos os pacientes são orientados a mudar hábitos que facilitem a obstrução das vias aéreas, da seguinte forma:

* Dormir de 7-8 horas por noite, e não virar noites em claro;
* Não usar álcool e outras drogas, como sedativos e hipnóticos;
* Os pacientes obesos devem perder peso;
* Evitar dormir de barriga para cima, preferir a posição lateral.


O tratamento de escolha é o uso de máscara (CPAP - Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas - Foto) conectada a um compressor de ar que faz uma pressão positiva na via aérea, forçando a passagem do ar através das vias aéreas. O tratamento com CPAP é efetivo na abolição da apneia, dessaturações, melhora da sonolência e cansaço, melhora os níveis de pressão arterial e da disfunção cardíaca. A aderência dos pacientes ao tratamento com a CPAP ainda é o maior problema. De 30 a 50% dos pacientes não adere ao uso da máscara.

Segundo a Academia Americana de Medicina do Sono (AASM), o tratamento cirúrgico está indicado para pacientes que apresentem alterações anatômicas específicas, corrigíveis cirurgicamente, desde que essas alterações sejam a causa da apneia, e em casos de falha no tratamento com a CPAP em pacientes que tenham condições de serem submetidos a uma cirurgia. As cirurgias mais indicadas são a uvulopalatofaringoplastia, que consiste na resecção da úvula, partes do palato mole e amígdalas, as cirurgias maxilofaciais e a traqueostomia, em último caso. Outras opções são os dispositivos orais, que possibilitam o avanço da mandíbula e a sustentação da língua, indicados para pacientes com síndrome da apneia obstrutiva do sono leve que não responderam às terapias comportamentais (como perda de peso ou mudança de posição ao dormir).

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Atenção, HOMENS!


Todos sabem que manter um relacionamento hoje em dia exige muito empenho, tanto da parte do homem quanto da mulher. No entanto, as mulheres têm necessidades diferentes das dos homens, pois elas são mais sensíveis e querem atenção, SEMPRE.

Portanto, se um homem quiser manter um ótimo relacionamento durante anos e anos, precisa começar a mudar a sua atitude com a sua namorada, noiva ou esposa.

Vão aí algumas dicas que li na revista Men’s Health e achei muito interessante – e verdadeiro.


1. Demonstre, sempre, o carinho:
Talvez você esteja ocupado com outras coisas, mergulhado no trabalho, e se esquece de dar aquela atenção que a sua companheira precisa. Pergunte como foi o dia dela, se interesse pelas coisas dela (do que ela gosta, o que ela pensa, etc.), envie uma mensagem de celular quando ela menos esperar, demonstre que você pensa e se importa com ela. Com certeza ela sentirá você muito mais próximo.

2. Valorize o toque: Se você passar por sua amada 50 vezes hoje, toque-a 50 vezes. Toque-a de forma suave e carinhosa no ombro, no antebraço, na mão, na cintura, no joelho. O toque estimula as fibras C-Táteis, que respondem a estímulos de prazer. Esses nervos enviam sinais para o sistema límbico, uma área do cérebro associada com confiança e afeto.

3. Escute-a: Dê ouvidos a ela. A mulher quer dividir os assuntos, as conversas e os momentos ao seu lado. Ela precisa de atenção e quer sentir que você realmente tem um tempo para ela. Quanto antes e melhor você compreender isso, mais chances tem de construir uma relação bacana com o passar dos dias.

4. Não deixe dúvidas: Qualquer bola fora a sua amada pode se sentir deixada de escanteio. Uma mulher reage a pistas de rejeição em, mais ou menos, 250 milissegundos. Por isso, cuidado na hora de se comunicar: não deixe dúvidas. Uma palavra fora do lugar pode criar dupla interpretação e a mulher tem imaginação fértil (Rsrsrsrs).

5. Fale a língua dela:
Se você não está expressando seu amor de uma maneira que ela entenda, é melhor mudar o método. Cada pessoa reage a uma linguagem de amor – passar o tempo juntos, palavras positivas, presentear, ser prestativo ou toque físico. “O amor é intencional, exige esforço”, diz Gary Chapman – consultor matrimonial há 30 anos. Descubra o que faz a sua companheira se sentir amada e mãos à obra!


Achou difícil???
Bem, fácil realmente não é, mas o esforço vale muito à pena! Boa sorte!

sábado, 10 de julho de 2010

ESTRESSE, o mal do século

No início do século passado acreditava-se que, com os avanços da tecnologia, iríamos trabalhar cada vez menos e teríamos mais tempo para o lazer e a família. Ocorreu exatamente o contrário. As facilidades da vida moderna, como computador, internet, fax, telefone celular, TV a cabo, e a melhoria do sistema de transportes tornaram a vida muito mais rápida - e acrescentaram doses extras de estresse à vida de todos nós.

Para sobrevivermos no dia-a-dia, seja no trânsito, seja no trabalho, precisamos ter reflexos rápidos e pensar de forma acelerada para dar o próximo passo. A maioria das pessoas acumulou mais tarefas, fica ligada 24 horas por dia e vive angustiada num emprego que não sabe por quanto tempo será capaz de manter. A insegurança impera dentro de edifícios com sistemas de segurança dignos de fortalezas, e ninguém sai à noite sem um arrepio de medo. Em vez de relaxarmos, ficamos cada vez mais alertas e tensos.

Aproximadamente 50 a 75% de todas as consultas médicas estão direta ou indiretamente relacionadas ao estresse. A medicina não deve ter apenas um papel importante no tratamento das doenças ligadas ao estresse mas, também e principalmente, deve dar ao assunto uma conotação preventiva e educacional. Conhecer o estresse, suas causas, sinais e sintomas, é de fundamental importância para aprendermos a lidar com ele.


O que é estresse?

Em tese, o estresse é a resposta fisiológica, psicológica e comportamental de um indivíduo que procura se adaptar e se ajustar às pressões internas e/ou externas. Essas pressões, capazes de levar ao estresse, são chamadas de Fatores Estressantes ou Agentes Estressores. Assim sendo, Fator Estressor é um acontecimento, uma situação, uma pessoa ou um objeto capaz de proporcionar suficiente tensão emocional, portanto, capaz de induzir à reação de estresse.

Os fatores estressantes podem variar amplamente quanto à sua natureza, abrangendo desde componentes emocionais, como por exemplo a frustração, a ansiedade, até componentes de origem ambiental, biológica e física, como é o caso do ruído excessivo, da poluição, variações extremas de temperatura, problemas de nutrição, sobrecarga de trabalho, etc.

Quando o nosso cérebro, independente de nossa vontade, interpreta alguma situação como ameaçadora (Fator Estressante), nosso organismo passa a desenvolver uma série de alterações denominadas, em seu conjunto, de Síndrome Geral da Adaptação ao Estresse.

Na primeira fase desta situação ocorre uma Reação de Alarme, onde todas as respostas corporais entram em estado de prontidão geral, ou seja, todo o organismo é mobilizado sem envolvimento específico ou exclusivo de algum órgão em particular. É um estado de alerta geral, tal como se fosse um susto. Se esse estresse continuar por um período mais longo, sobrevém a segunda fase, chamada de Fase de Resistência, a qual acontece quando a tensão se acumula. Nesta fase o corpo começa a acostumar-se aos estímulos causadores do estresse e entra em um estado de resistência ou de adaptação. Durante este estágio, o organismo adapta suas reações e seu metabolismo para suportar o estresse por um período de tempo e, com isso, a reação ao estresse pode ser canalizada para um órgão específico ou para um determinado sistema, como por exemplo o sistema cardíaco, sistema muscular, sistema digestivo, sistema nervoso, etc.

A energia dirigida para adaptação da pessoa à solicitação estressante não é ilimitada e se o estresse ainda continuar, o corpo todo pode entrar na terceira fase, o Estado de Esgotamento, onde haverá queda acentuada da nossa capacidade adaptativa.


Consequências do estresse

Do ponto de vista emocional, o estresse está intimamente relacionado à depressão, à Síndrome do Pânico, aos transtornos de ansiedade e às fobias. Isso tudo sem contar com uma vasta lista de sintomas (não doenças) que acompanham o paciente estressado. Dentre alguns sintomas agravados ou determinados pelas emoções, em relação aos seus sistemas, estão:


> Cardiológico - palpitações, arritmias, taquicardias, dor no peito;
> Gastrointestinal - cólicas abdominais, epigastralgia, indigestão, constipação e diarréia;
> Neurológico - parestesias, anestesias, formigamentos, cefaléia, alteraçõe sensoriais, extremidades frias e suadas (mãos e pés);
> Otorrinolaringológico - vertigens, tonturas, zumbidos, boca seca;
> Clínica geral - falta de ar, bolo na garganta, sensação de desmaio, fraqueza dos membros, falta de apetite ou apetite demasiado, poliúria (aumento do número de urinadas);
> Ginecológico - cólicas pélvicas, dor na relação sexual, alterações menstruais;
> Ortopédico - lombalgias, artralgias, cervicalgias, dor na nuca;
> Dermatológico - dermatoses, alergias, quedas de cabelo;
> Psiquiátrico - irritabilidade, alterações do sono, angústia, tristeza, medo, insegurança, tendência a ficar em casa, pensamentos ruins.

Esses sintomas a longo prazo favorecem a ocorrência das chamadas doenças psicossomáticas, que atingem qualquer órgão ou sistema. Em relação a essas doenças, posso citar: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Gastrite, Acidente Vascular Cerebral (AVC), Labirintite, Diabetes Mellitus, Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), Endometriose, Hérnia de Disco, Câncer, Obesidade, etc.

Como lidar com o estresse

1) Fique atento aos sintomas: pode ser uma súbita sensação de ansiedade ou cansaço exagerado. É mais fácil controlar o problema no estágio inicial;
2) Pratique exercícios físicos: meia hora diária de ginástica três vezes por semana melhora o humor;
3) Coma direito: três ou quatro refeições diárias, feitas com calma, ajudam a relaxar. Alimentação balanceada - sem excesso de alcool, doces, salgadinhos e gorduras - ajuda o organismo a enfrentar a tensão;
4) Não esqueça o lazer: reserve tempo para atividades que dão prazer, como ler um bom livro, ouvir música, adotar um hobby ou praticar esportes;
5) Diga não: quem aceita tudo, mesmo a contragosto, tende a acumular obrigações, tanto no trabalho como na vida pessoal. Tarefas além da conta resultam em ansiedade e frustração;
6) Mude de atitude: você cria expectativas exageradas? Guarda muito rancor? São comportamentos responsáveis pelos piores quadros de estresse. Tente ser mais flexível;
7) Conte os seus problemas: mesmo que ninguém possa resolver a questão, só o fato de você desabafar já é um alívio e tanto;
8) Dê um tempo: se você trabalha oito, dez horas por dia, pequenas pausas de hora em hora ajudam a relaxar. Cinco minutos bastam para esfriar a cabeça;
9) Trabalho voluntário: canalizar energia para ajudar outras pessoas pode reduzir a tendência natural de amplificar os problemas pessoais ou de prestar demasiada atenção a si próprio;
10) Tente relaxar: uma técnica eficiente para aliviar a tensão do dia-a-dia consiste em inspirar o ar lentamente e tentar levá-lo para a parte inferior dos pulmões. o objetivo é atingir uma respiração regular.


Você está estressado??? Que tal ir pescar??? Hehehe

terça-feira, 6 de julho de 2010

MEL x CRIANÇAS menores de 1 ano


Por que o mel não pode ser dado para crianças menores de 1 ano???

A análise de amostras de mel comercializadas no país revelaram a presença de esporos da bactéria Clostridium botulinum, responsável pela transmissão do botulismo, doença que atinge os nervos e músculos. Embora seja rara, é grave. Se o alimento não tiver sido esterelizado adequadamente, coloca a criança em risco. Isso porque até 1 ano, o sistema imunológico da criança não está desenvolvido para combater essa bactéria.
Adultos também podem contrair a doença, caso tenham problemas relacionados à flora intestinal.

A posição da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) foi baseada em estudos, como a pesquisa realizada pela Unesp, entre janeiro de 2002 e julho de 2003, em seis estados brasileiros, que mostrou a presença da bactéria em 7% das 100 amostras de mel comercializadas por ambulantes, mercados e feiras livres.

Além da doença, há outras implicações. O mel modifica o sabor do alimento, tira a oportunidade de a criança ter experimentos no paladar e pode fazer com que ela prefira o sabor adocicado. Se ela tomar o leite materno, há, inclusive, o risco de ela deixar o peito da mãe.

Além disso, quando a criança estiver maior, por volta dos 4 anos, por exemplo, se estiver acostumada com o sabor adocicado das coisas, sua alimentação pode caminhar para aquela baseada em carboidratos, no lugar de uma dieta equilibrada. E isso, certamente, não é o ideal no mundo de hoje, em que a epidemia de obesidade e sobrepeso assusta pais e especialistas.


Sintomas e tratamento do botulismo

A criança fica abatida, tem dificuldade de controle dos movimentos, abalos musculares e episódios semelhantes a crises convulsivas.
Não há tratamento para a doença. O diagnóstico precoce é fundamental para controlar os sintomas.



"Fiquem de olho na alimentação dos pequeninos, ok?"

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Para que serve a FISIOTERAPIA?


Muitas pessoas, erroneamente, têm associado fisioterapia com massoterapia. É só alguém dizer que está precisando de umas massagens, que lá vem um desinformado indicar um fisioterapeuta. Ou então, alguém torce o pé e o fulaninho aconselha procurar um fisioterapeuta para lhe fazer umas massagens. Fico pensando: "De onde essas pessoas tiram ideias assim?!"

Deixo claro aqui que massagem é especialidade dos massoterapeutas. Há, sim, fisioterapeutas que trabalham utilizando massagens, mas elas são utilizadas como um procedimento coadjuvante a outras técnicas terapêuticas ou como procedimento específico no tratamento estético.

A fisioterapia vai muito além do que você possa imaginar.
Um profissional formado não passa quatro ou quatro anos e meio em uma faculdade aprendendo a massagear os outros. Este profissional foi capacitado a te avaliar por inteiro, a traçar todo o seu protocolo de tratamento, a esclarecer sobre a sua doença, a indicar as atividades que mais se adéquam ou não para você durante e após o seu período de tratamento, além de outras coisas.

Compliquei? Eu descomplico!

Pense que para cada especialidade da área médica existe uma especialidade da fisioterapia. Exemplo: Cardiologia - Fisioterapia Cardiofuncional; Neurologia - Fisioterapia Neurológica; Ginecologia - Fisioterapia Uroginecológica, e assim por diante.

Por dentro das áreas da Fisioterapia

Muitos me perguntam o quê um fisioterapeuta faz dentro de um hospital; outros me perguntam se fisioterapia é feita apenas em quem apresenta problemas ósseos, musculares ou articulares; já outros não entendem o porquê do médico pneumologista (que trata dos pulmões) prescrever sessões de fisioterapia. Poucas pessoas sabem sobre a vasta atuação do fisioterapeuta. Sendo assim, esclareço sobre algumas áreas da fisioterapia:

> Fisioterapia Cardiofuncional: o profissional desta área trabalha com a reabilitação dos pacientes vitimados por infartos, dos que se encontram em fase pós-operatória de cirurgias cardíacas e dos portadores de alguma cardiopatia crônica que necessitam manter um acompanhamento fisioterapêutico afim de preservar a sua capacidade física e motora para a realização de suas atividades de vida diária (AVD's) que, muitas das vezes, são prejudicadas pela doença.

> Fisioterapia Neurofuncional: visa ao estudo, diagnóstico e tratamento de distúrbios neurológicos que envolvam as funções neuromotoras; por exemplo, pacientes que sofreram um acidente vascular encefálico (AVE), portadores de lesão medular e demais sequelas neurológicas. A fisioterapia neurofuncional induz ações terapêuticas para recuperação de funções, entre elas a coordenação motora, a força, o equilíbrio e a coordenação.

> Fisioterapia Traumato-ortopédica: estuda, diagnostica e trata as disfunções musculoesqueléticas, de origem ortopédica ou decorrente de traumatismos. Utiliza os recursos terapêuticos para aumentar a capacidade de movimentação, estimular a circulação e diminuir as dores de pacientes com fraturas, traumas musculares e entorses.

> Fisioterapia Uroginecofuncional e Obstétrica: tem como principal objetivo o tratamento das incontinências urinárias e fecais de esforço e por hiperatividade do músculo detrusor (músculo da bexiga), por meio da reeducação do assoalho pélvico e musculatura acessória, os quais serão submetidos a exercícios de fortalecimento. A Fisioterapia Obstétrica se baseia em promover uma melhor adaptação da mulher às mudanças do seu corpo no período de gestação, preparando todas as suas estruturas para o momento mais sublime da vida.

> Fisioterapia pediátrica e Neonatológica: especialidade que utiliza métodos e técnicas próprias para o tratamento de enfermidades de recém-nascidos, crianças e adolescentes.

> Fisioterapia Oncofuncional:
tem como objetivo preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas do paciente, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico (Câncer).

> Fisioterapia Respiratória: utiliza técnicas e manobras que visam melhorar a dinâmica respiratória e a distribuição do ar inalado no pulmão, remover secreções brônquicas, obtendo assim melhor função respiratória. Além das técnicas manuais, existem diversos equipamentos que auxiliam na obtenção destes resultados. Muito indicada para portadores de alergia respiratória e portadores de doenças como Bronquite e Asma.

> Fisioterapia Esportiva: atua diretamente nas atividades esportivas, na preparação, prevenção e recuperação de lesões no processo de reabilitação de atletas em clubes, times, academias, etc.

> Fisioterapia do Trabalho (ou fisioterapia laboral): atua em empresas e/ou organizações detentoras de postos de trabalho, intervindo preventivamente e/ou terapeuticamente de maneira importante para a redução dos índices de doenças ocupacionais.

> Fisioterapia Intensiva: atua dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) como parte da equipe multiprofissional (incluindo o médico, enfermeiro, nutricionista, psicólogo e assistente social), ajudando a traçar o melhor tratamento para a mais rápida e possível estabilização do quadro clínico do paciente crítico. O fisioterapeuta monitora e reabilita a função ventilatória, além de impedir a síndrome da imobilidade no leito, causada pelo longo tempo de internação.

> Fisioterapia Geriátrica: trata as disfunções decorrentes do processo de envelhecimento, mediante condutas fisioterapêuticas, prevenindo problemas funcionais e promovendo a recuperação funcional global de pessoas idosas.

> Fisioterapia Dermatofuncional ou Estética:
este profissional acompanha os pacientes tanto no pré como no pós-operatório de cirurgias estéticas em geral; trabalha na redução de medidas utilizando técnicas manuais ou aparelhos de última geração (Manthus, Ultra-som, correntes elétricas, etc.); no auxílio da circulação sanguínea e linfática e no bem-estar físico e emocional de seus pacientes.


Te ajudei na escolha do fisioterapeuta certo? Espero que sim!
Aliás, é muito importante fazer o tratamento completo, ok?
Muitos pacientes, ao melhorarem nas primeiras sessões, abandonam o tratamento. Isso pode favorecer alguns danos futuros.
Nas primeiras sessões trata-se a dor, mas quando a dor vai embora é necessário tratar os estragos que ela ocasionou (espasmos, retrações musculares, fraqueza muscular, rigidez articular, etc.). A fisioterapia deve ser levada a sério. Depois de tratar a dor, o fisioterapeuta irá trabalhar na restituição completa de seus movimentos, mesmo que, aparentemente, você não apresente disfunção osteomioarticular.

Portanto, se começar algum tratamento, vá até o fim, ok?

domingo, 27 de junho de 2010

OBESIDADE, um prejuízo para a saúde


O governo tem reconhecido que a obesidade é um problema de saúde pública.

As pessoas obesas, particularmente as mulheres, são socialmente estigmatizadas. Essa percepção negativa afeta seu estado educacional, socioeconômico, psicossocial e profissional.

Sobrepeso é atualmente definido como índice de massa corpórea (IMC) de 25 a 29,9 e obesidade definida como IMC acima de 30 (faça o cálculo do seu IMC multiplicando a sua altura por dois, depois divida o seu peso sobre o resultado do cálculo da sua altura: peso/altura x 2= IMC).

Na medida em que há aumento de IMC, há um aumento do risco de doença arterial coronariana (DAC) e o desenvolvimento de outras doenças crônicas. A distribuição de peso corpóreo na região do abdome e quadril é também preditor de DAC e afeta os níveis de tolerância à glicose e de lipídico sérico (colesterol circulante no sangue).


Alguns prejuízos inusitados do excesso de peso:

Enxaqueca: a prevalência de enxaqueca tem relação direta com o IMC. As células de gordura produzem substâncias inflamatórias, levando a crer que elas agravam o quadro de dor em indivíduos com predisposição ao problema.

Sono: o descanso noturno também é prejudicado pelo excesso de peso. Uma pesquisa nos EUA, analisou 1.300 voluntários de ambos os sexos e concluiu que os obesos tiveram mais insônia e dificuldade para chegar aos estágios mais profundos do sono. Em muitos casos, parte do excesso de gordura se acumula no pescoço. Por causa dela, quando o indivíduo se encontra na posição horizontal, sua faringe fica mais estreita, o que favorece episódios de apnéia (suspensão momentânea da respiração). Cada vez que isso acontece, há a liberação de hormônios que elevam a pressão arterial e os batimentos cardíacos. Esse fenômeno pode ocorrer centenas de vezes por noite, o que faz esse pessoal não repousar adequadamente, causando sonolência diurna.

Humor: um estudo realizado com mais de 17 mil adultos descobriu que as mulheres com sobrepeso ou obesas correm 31% mais risco de sofrer de depressão. Quando a pessoa engorda muito, ela se isola e deixa de viver muitas coisas importantes por não querer se expor.

Dentição: a obesidade está associada a um aumento de 29% na ocorrência de problemas da gengiva, no osso e nos ligamentos que dão suporte aos dentes. Além disso, nos casos em que a circunferência da cintura estava acima de 101 centímetros, houve um salto na incidência dos distúrbios bucais. Mais uma vez as substâncias inflamatórias produzidas pelas células de gordura parecem ser as culpadas.


Alguns problemas que acompanham a obesidade:


> Diabete;

> Dificuldades respiratórias;

> Problemas musculares, articulares, esqueléticos e circulatórios;

> Hipertensão;

> Doenças cardiovasculares e pulmonares;

> Câncer;

> Disfunções na vesícula biliar.


Recomendações para diminuir e/ou manter o peso:


> Fique longe das dietas radicais: quem perde peso rápido, o ganha rápido também;

> Reeduque a sua alimentação: consuma de acordo com o seu gasto energético;

> Pratique alguma atividade física: o corpo em movimento evita o acúmulo de gordura em excesso e melhora o seu condicionamento físico.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

HUMANIZAÇÃO NA SAÚDE

Vamos entender o que é isso?

Imaginamos: Você precisa se consultar com um médico. Daí, vai até o seu livrinho do plano de saúde (vamos imaginar que você tenha um), escolhe o profissional e liga para agendar uma consulta. Ao falar com um atendente, descobre que, mesmo tendo um convênio particular, terá que esperar dois meses para ser atendido. Fica transtornado, mas não tem outro jeito. O caso é marcar a consulta e esperar. Ao chegar no dia da sua consulta, você chega trinta minutos adiantado. Faz sua ficha e aguarda, aguarda, aguarda, aguarda e aguarda. Até que é chamado. Entra no consultório, depois de mais ou menos três horas a mais do horário em que foi marcado, senta na frente do médico e espera a primeira pergunta. Bem, o médico pergunta o que está acontecendo, mas nem olha para você. Você vai falando, enquanto o doutor vai escrevendo. Depois de cinco minutos, ele te entrega vários pedidos de exames e manda você retornar quando tiver os resultados. Você sai do consultório sem ao menos saber se o médico percebeu se você é preto, branco, mulato ou pardo.

Como você se sentiria??? Se não bastasse o tempo de espera pela vaga e o tempo que você permaneceu sentado esperando até ser atendido, ainda teve que "engolir" a falta de atenção do médico e uma consulta que não passou de CINCO minutos. Ah, e o doutorzinho nem encostou a mão em você!

Bem, isso não acontece apenas em consultórios médicos. Posso contar aqui vários episódios ocorridos em clínicas de fisioterapia, em laboratórios, em hospitais, em postos de saúde e etc. Mas essa página seria pouco!

Isso ocorre devido à falta de humanização dos profissionais e das entidades de saúde.

Como essa historinha ficaria com a humanização? Vejamos:
Você precisa se consultar com um médico. Daí, vai até o seu livrinho do plano de saúde, escolhe o profissional e liga para agendar uma consulta. Ao falar com um atendente, ele te agenda para próxima semana (até porque é difícil atendimento por convênio ser no dia seguinte). Ao chegar no dia da sua consulta, você chega trinta minutos adiantado, faz a sua ficha e aguarda. Descobre que o médico agenda os seus pacientes de 40 em 40 minutos e pensa: "Por que o médico fica esse tempo todo com os pacientes?". Até que é chamado. Entra no consultório, depois de trinta minutos esperando, senta na frente do médico e espera a primeira pergunta. Bem, o médico olha pra você, o chama pelo nome, pergunta o que está acontecendo, vai escrevendo em pequenos intervalos, sem deixar de prestar atenção no que você fala. Ele pede para que você se deite na maca, te avalia minuciosamente, brinca com você, sorri para você. Depois de quarenta minutos, ele te entrega os pedidos dos exames necessários, se você tiver com dor, te medica temporariamente até você voltar com os exames e pede para que você retorne sem demora, te explicando que quanto mais rápido for o diagnóstico, mais eficiente será o tratamento. A consulta acaba com um aperto de mão e um sorriso dizendo: "Até mais e tenha um ótimo dia, Senhor Fulano".
Qual das duas situações você iria preferir???


Conseguiu entender o que significa Humanização da Saúde???



Como explicar a falta de humanização na saúde?


Em razão do acelerado processo de desenvolvimento tecnológico nas áreas de ciências médicas, a singularidade do paciente — emoções, crenças e valores — ficou em segundo plano; sua doença passou a ser objeto do saber reconhecido cientificamente. O ato médico, portanto, se desumanizou. No mesmo processo, ocorreram transformações na formação de todos os profissionais de saúde, cada vez mais especializados, e nas condições de trabalho, restringindo a disponibilidade destes profissionais tanto para o contato com o paciente quanto para a busca de formação mais abrangente. As atuais condições do exercício da medicina, da enfermagem, da fisioterapia, entre outros, não têm contribuído para a melhoria do relacionamento entre estes profissionais e os pacientes e para o atendimento humanizado e de boa qualidade. Esse quadro estende-se tanto para os profissionais da área como às instituições de saúde.

Alguns projetos de humanização vêm sendo desenvolvidos, há muitos anos, em áreas específicas da assistência, por exemplo, na saúde da mulher (humanização do parto) e na saúde da criança (Projeto Canguru, para recém-nascidos de baixo pe­so). Atualmente têm sido propostas diversas ações visando à implantação de programas de humanização nas instituições de saúde, especialmente nos hospitais. Principalmente na assistência pediátrica, vários pro­jetos e ações desenvolvem atividades ligadas a artes plásticas, música, teatro, lazer, recreação.

Merece reflexão a atual tendência e as ações humanizadoras no tecido institucional em que as ações de saúde e as próprias ações humanizadoras se veiculam. A teia interacional, ou seja, o conjunto das relações que se estabelecem nas instituições — profissional-paciente, recepção-paciente, profissional-equipe, profissional-instituição e outras — está se humanizando?

As reflexões sobre a tarefa assistencial conduzem também ao campo ético. A questão ética surge quando alguém se preocupa com as conseqüências que sua conduta tem sobre o outro. Para que haja ética, é preciso ver (perceber) o outro. E, se para a assistência humanizada também é preciso perceber o outro, conclui-se que assistência humanizada e ética caminham juntas.
O trabalho de um profissional, qualquer que seja sua atividade, depende tanto da qualidade técnica como da qualidade interacional. Em medicina, a preocupação com a qualidade faz com que, em cada especialidade, se busque desenvolver a capacidade técnica, que faz parte do que chamamos de conhecimentos e habilidades relativos à área técnica; para a capacitação interacional do médico, de qualquer especialidade, torna-se necessária a instrumentalização para reconhecer e lidar com os aspectos emocionais da tarefa assistencial, isto é, o desenvolvimento de atitudes.

Há considerável alívio e melhoria das condições do trabalho assistencial quando o médico pode conhecer, por um lado, os motivos do comportamento do paciente e, por outro, tanto os efeitos que esse comportamento lhe provoca — angústia, raiva, impotência — quanto as defesas que desencadeia, por exemplo, comportamentos evitativos, consultas rápidas. Muitos problemas dos usuários podem ser resolvidos ou atenuados quando se sentem compreendidos e respeitados pelos médicos; a falta de acolhimento e de continência a seus aspectos emocionais pode conduzir ao abandono ou à rejeição ao tratamento. Nesses casos, poderão buscar caminhos sociais alternativos, que ofereçam maior receptividade e compreensão. Diversos estudos mostram que a relação médico-paciente é considerada relevante no processo de adesão ao tratamento.

Uma das contribuições mais significativas para o entendimento do contexto interpessoal, interacional, relacional é o estudo quase microscópico da intimidade da relação médico-paciente. As angústias ligadas ao adoecer são parte integrante dessa relação, que é o campo dinâmico que se estabelece entre ambos. Nesse campo, surgem as angústias básicas profundas e intensas que se desenvolvem no vínculo humano que se estabelece entre o médico e o paciente.


O contato direto com seres humanos coloca o profissional diante de sua própria vida, saúde ou doença, dos próprios conflitos e frustrações. Se ele não tomar contato com esses fenômenos, correrá o risco de desenvolver mecanismos rígidos de defesa, que podem prejudicá-lo tanto no âmbito profissional quanto no pessoal. O médico e os outros profissionais da saúde submetem-se, em sua atividade, a tensões provenientes de várias fontes: contato freqüente com a dor e o sofrimento, com pacientes terminais, receio de cometer erros, contato com pacientes difíceis. Assim, cuidar de quem cuida é condição essencial para o desenvolvimento de projetos e ações em prol da humanização da assistência.

Contratação de profissionais suficientes para atender à demanda da população; aquisição de novos equipamentos médico-hospitalares; abertura de novos serviços, melhoria dos salários, das condições de trabalho e da imagem do serviço público de saúde junto à população são objetivos a serem buscados para a melhoria da assistência.

A humanização é um processo amplo, demorado e complexo, ao qual se oferecem resistências, pois envolve mudanças de comportamento, que sempre despertam insegurança. Os padrões conhecidos parecem mais seguros; além disso, os novos não estão prontos nem em decretos nem em livros, não tendo características generalizáveis, pois cada profissional, cada equipe, cada instituição terá seu processo singular de humanização. E se não for singular, não será de humanização.

No processo devem estar envolvidas várias instâncias: profissionais de todos os setores, direção e gestores da instituição, além de formuladores de políticas públicas, conselhos profissionais e entidades formadoras.



Saiba mais sobre humanização acessando: http://www.portalhumaniza.org.br/

quarta-feira, 23 de junho de 2010

LDL x HDL

Achava difícil explicar, de forma bem fácil, a função das moléculas de colesterol para meus pacientes. Até que, lendo uma reportagem na revista Saúde é Vital, achei uma explicação bem legal.

O carteiro e o lixeiro

As moléculas de colesterol, produzidas principalmente pelo fígado, não conseguem viajar sozinhas pelo sangue. Elas precisam de um veículo para transportá-las pelas artérias. A lipoproteína de baixa densidade - LDL, age como um carteiro, que "entrega" o colesterol por todo o corpo. Outra partícula entra na história com a missão de recolher a sobra da gordura não usada pelo organismo. Trata-se da lipoproteína de alta densidade - HDL, que funciona como o gari e leva o colesterol de volta para o fígado.
Uma alta concentração de LDL, contribui para a formação de placas nos vasos, daí a sua fama de vilão. Por recolher o excesso de gordura, o HDL ficou com a boa reputação.

O ideal é estarmos sempre de olho no LDL, que deve estar abaixo de 160mg/dL, e no HDL, que deve estar acima de 55mg/dL. Bem, o triglicerídeo também deve ser controlado, mas isso já é outra história.


A pergunta que não quer calar: Pra que serve o colesterol?


Todas as células precisam de colesterol. Ele faz parte das membranas do corpo e é fundamental para a produção de hormônios.

No entanto, quando há LDL em excesso nas artérias, as rotas por onde circulam o sangue correm o risco de ficar interditadas. A molécula de LDL tem a capacidade de causar uma inflamação no vaso e, com isso, formar-se uma placa capaz de entupí-lo, como mostra a figura ao lado.

Dentre alguns efeitos deste processo no organismo, está o infarto, a trombose, o derrame insquêmico e até disfunção erétil.

Portanto, pessoal, abram os olhos em relação ao que vocês têm comido, pois suas artérias podem estar em sofrimento silencioso.


Alguns alimentos ricos em colesterol

> Carne vermelha: prefira as carnes magras e grelhadas;

> Camarão: é uma notícia triste para os fãs do crustáceo, mas ele possui muito, muito e muito colesterol;

> Ovos: prefira os cozidos;

> Biscoitos recheados: ricos em gordura trans.

> Vários outros alimentos, que se eu falasse não terminaria hoje. Rsrsrs




Texto retirado da revista Saúde é Vital, com ênfase em diversos pontos.

terça-feira, 22 de junho de 2010

BRÓCOLIS, a hortaliça que diminui o risco de câncer


Que tal um ensopadinho de brócolis? Vale a pena, vai por mim!
O brócolis contém sulforafano, uma substância que se mostrou capaz de conter o crescimento de tumores em geral, age logo na gênese da doença, inibindo justamente a proliferação de células defeituosas.
O vegetal esbanja outros nutrientes que também atuam contra o mal e são considerados como guardiões das nossas células: ácido fólico, isotiocianatos, flavonóides e os carotenóides.
Se você é diabético, tem mais um motivo para consumir brócolis. O sulforafano, entre outras moléculas do vegetal, protege os vasos sanguíneos dos maus efeitos provocados pelo excesso de açúcar.
Te dei bons motivos para comer brócolis hoje???

DECIDIU FREQUENTAR ACADEMIA? ÓTIMO!


Mas cuidado com o exagero!


Praticar atividade física é ótimo para o corpo e para a mente. No entanto, não se empolgue. Tudo tem um limite.

Exercícios em excesso e muito puxados geram lesões musculares e ósseas. Os tormentos variam de uma tendinite até uma fratura por estresse, o que impedirá que você continue malhando.

Ah! Jamais caia na "moda" dos anabolizantes. Eles costumam causar lesões no fígado e afetam a função cardíaca, além de outros péssimos efeitos no organismo.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

MEDIDAS SIMPLES PARA TER UM CORAÇÃO SAUDÁVEL



A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que até 2040 o índice de doenças cardiovasculares no Brasil deve aumentar em 250%. Hoje, 300 mil brasileiros morrem anualmente por causa desses problemas. E de 14% a 25% dos infartos ocorrem sem sinal de dor. Além disso, 30% dos brasileiros são hipertensos, e, de cada cem, apenas 25 a 30 têm a doença controlada.

Com o estresse, o excesso de informações e a vida sedentária, o coração fica ainda mais sobrecarregado. Uma hora começa a falhar. Devido a isso, deve-se iniciar o mais cedo possível as mudanças no estilo de vida. Abaixo, descrevo alguns fatores indispensáveis para vocês ficarem de olho:

Estilo de vida: Um coração saudável mantém os outros órgãos saudáveis. Se o coração vai mal e bombeia sangue em quantidade insuficiente, o cérebro, os rins e o pâncreas sofrem. Daí a importância da prevenção com hábitos alimentares mais saudáveis. Hoje há um maior consumo de fast-foods, de produtos com mais corantes, antibióticos e hormônios. Com os avanços tecnológicos, a vida tornou-se confortável demais; antes as pessoas se mexiam mais. É importante praticar atividades como caminhada, musculação, natação, hidroginástica ou algum outro esporte; sempre com a orientação de um profissional. É importante mudar os hábitos alimentares também. Consumir alimentos mais saudáveis, evitar bebidas alcoolicas, dar adeus ao cigarro, tirar um tempo para o lazer, adquirir um hobby, ler livros, dormir melhor, etc. e tal.

Check-up: Muitos profissionais da área médica instituem uma idade média de 35 anos para se começar a fazer exames e averiguar como anda o coração. No entanto, um estudo realizado em cadáveres de jovens com idade média de 20 anos, mortos em acidentes de trânsito, revelou que já havia acúmulo de gordura em suas artérias. Então, é meio complicado dizer a hora certa para se começar a fazer exames do coração. Muitos casos de cardiopatias se desenvolvem silenciosamente, o que também dificulta na escolha da hora certa para a realização do check-up. O que aconselho é o seguinte: se você tem história familiar de cardiopatia, diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica (HAS), morte súbita, se você costuma beber com frequência, fumar com frequência, não dormir muito bem, trabalhar em excesso, fizer uso de anabolizantes e/ou comer tudo o que não presta... Comece o quanto antes um check-up do sistema circulatório. Acompanhe o seu perfil lipídico pelo sangue (colesterol LDL, triglicérides, HDL), fique de olho em como anda a sua pressão arterial e fique atento a sintomas do tipo falta de ar e cansaço aos pequenos esforços.

Ir ao dentista: “Ah, você está brincando???” “Não estou!!” Cuidar da boca também é importante para o coração, pois muitas das bactérias que vivem na cavidade oral entram no sangue e atingem o coração, o que pode ser perigoso em certos casos, como prolapso de válvula.

Menopausa: O efeito protetor do estrogênio ao coração diminui na menopausa. A reposição hormonal nesse período também pode ser perigosa quando feita sem controle. Por isso, é de extrema importância o acompanhamento do seu médico ginecologista.

Disfunção erétil: Quando acontece, pode ser o primeiro sinal de que as artérias estão mal ou entupidas. Não adianta tratar só a disfunção. É preciso avaliar o paciente como um todo.

Bem, então é isso! Agora, mãos à obra!!

Texto baseado na reportagem do jornal O Globo, com devidas alterações pessoais.